Hoje
abatemos um grupo de zumbis que estava se dirigindo para cá.
Depois de
levar as mulheres e principalmente as crianças para um lugar seguro dentro da
fábrica e longe do alcance desses seres caso eles ultrapassassem o muro, o que
é muito improvável, abrimos o portão e fomos confrontá-los. Eram 9 deles e 4
dos nossos, incluindo eu. “Dos nossos”. Eu já estou me apresentando como uma
das pessoas desse grupo. Droga. Não posso me acostumar a ficar com eles, cedo
ou tarde terei de ir embora, e estou ciente disso. Enfim, Doug, como é chamado,
tem uma besta no estilo Daryl do seriado The Walking Dead, foi inevitável não
lembrar dele quando vi. Seu pai tinha uma loja de caça na cidade, e o primeiro
pensamento que teve quando toda essa porcaria começou, foi em pegar a melhor
besta da loja, afinal, é uma arma silenciosa e muito útil. Ele acertou 4 deles
do alto do muro e o restante derrubamos com armas brancas, eu estava portando o
taco de beisebol que trouxe no carro e os outros dois homens estavam um com o
pé de cabra que era meu e o outro com um facão de 40 centímetros. Confesso que a segunda
vez que se mata é bem mais fácil, principalmente se tratando de pessoas já
mortas. Não foi difícil. Quem dera ser sempre assim. O bom é que eles são
lentos, o que nos dá vantagem para atacar, porém, quando pegam alguém, é
difícil escapar. Podem ser lentos, mas são fortes. É uma pena que as pessoas
que foram mordidas não tiveram tempo para se defender de forma devidamente
apropriada.
Aqui não tem muita coisa para fazer, na maior parte do tempo só fazemos as pequenas tarefas que nos dão e ficamos antenados na segurança. Então amanha quero
conhecer melhor as pessoas daqui. A maioria me parece bem sociável, ao contrário
de mim que sempre fui excluído e reservado. Mas isso aqui é o apocalipse, está
na hora de superar.
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