Hoje saímos
para buscar alimentos em alguma casa das redondezas.
Correu
tudo bem, para surpresa de todos.
Fomos eu,
meu amigo e Chrissy. Doug achou melhor ficar aqui para “cuidar” de Alicia. Nem
vou comentar. Pervertido.
Saímos
pela tarde e estacionamos em um posto de gasolina aqui perto, se bem que tudo é
perto nesta cidade. O posto era pequeno, mas as bombas de gasolina ainda
estavam cheias.
Enchemos o
tanque e fomos em direção à primeira casa que aparentava ter suprimentos
guardados.
Era uma
casa bonita, bonita demais para aquela cidade. Era um enorme prédio branco
de dois pisos com amplo gramado frontal. Passamos por ele e entramos na casa,
cautelosos.
Meu amigo
ficou lá fora vigiando enquanto eu e Chrissy vistoriávamos a casa em busca de
alguma coisa. Fizemos a ronda e não encontramos nada, exceto as portas dos
guarda-roupas abertas e algumas peças avulsas atiradas pelos quartos que foram esquecidas
pela falta de tempo. Aquela família deve ter saído às pressas mesmo.
Depois de
tudo verificado, corremos em direção à cozinha com as esperanças à mil. Abrimos
todas as portinhas e gavetas em busca de vestígios de comida.
Nada.
Pelo menos
não ali.
Quando já
estávamos desanimando, vimos um pequeno quartinho escondido ao lado da enorme geladeira
(a qual já estava com um péssimo cheiro por conta da falta de energia).
Arrombamos a porta e ali estava.
Uma mina
de ouro.
Aquele
pequeno espaço reservava quilos e mais quilos de alimentos não perecíveis.
Chrissy e
eu nos olhamos fixamente e em segundos abrimos um sorriso de orelha a orelha.
Ali tinha
pacotes de feijão, arroz, sal, açúcar, galões de água e tudo o que precisávamos
para ter uma bela vida em meio a essa triste realidade apocalíptica.
Chamamos
meu amigo para invadir a grama e trazer o carro mais próximo da casa, pois havíamos
achado muita coisa. Seus olhos brilharam e, num pulo, ele trouxe o carro até
quase a porta, onde pudemos carregá-lo totalmente de alimentos.
De mais,
não tivemos problemas sérios, apenas alguns zumbis atraídos pelo som do jipe enquanto
estivemos na casa. Mas nada com que não pudéssemos cuidar com sigilo.
Pegamos também
algumas panelas, pratos, talheres, fósforos, e um fogareiro que encontramos no
fundo do pequeno quarto. Na pressa de sair para um ‘lugar seguro’, nem pensaram
em olhar lá dentro, isso é notável, ou pegar grandes coisas daquela casa.
Deveriam ter achado que era uma situação temporária. Não os culpo. Aliás,
melhor para nós.
No
banheiro ainda conseguimos encontrar um pequeno kit de primeiros socorros, o
que foi uma benção, pois até então estávamos desprovidos de um no caso de
emergências.
Aquela
família (ou pessoa) estava muito bem preparada de víveres. Se não fosse
loucura, eu até diria que estava preparada para um apocalipse. Deveria ser a
casa de alguém influente naquela pequena cidade, pois pelo tamanho da casa e das
coisas que havia nela, pobres não poderiam ser.
Voltamos
para nossa pequena ‘pousada’ improvisada e avisamos Doug e Alicia de nosso
feito. Os dois reluziram de alegria e nos ajudaram a descarregar. À medida que
tirávamos as coisas do jipe, íamos ficando cada vez mais bobo-alegres com
aquilo. Não pudemos acreditar na sorte que tivemos encontrando tudo aquilo.
A alegria
nos rodeia e hoje à noite teremos comida quentinha esperando por nós.
Mal posso
esperar.
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